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Pois nós, porque cremos que nenhuma alma vai ao purgatório a menos que pertença ao número daquelas a serem salvas, estamos certos da bem-aventurança delas, assim como estamos certos da salvação dos eleitos. Mesmo assim, não impugno muito se alguém afirma que elas estão certas [de sua bem-aventurança]. Eu digo [apenas] que nem todas estão certas. Mas como todo o assunto as almas no purgatório é sobremaneira abscôndito, explico a tese mais persuadindo do que demonstrando.
Isso é um belo, doce e alegre começo de seu ensinamento e de sua prédica. Ele não vem aí como Moisés ou um doutor da lei, com ordens, ameaças e terror, porém, da maneira mais amigável, somente incentivando e atraindo, e com lindas promessas. Com efeito, se as primeiras queridas palavras e a prédica do Senhor Cristo não tivessem sido formuladas e apresentadas a todos nós dessa maneira, a curiosidade tomaria conta de cada um de nós e nos impulsionaria a correr atrás delas até Jerusalém, sim, até o fim do mundo, para ouvir apenas uma dessas palavras. Haja dinheiro para que a estrada seja bem construída! E cada qual se gloriaria orgulhosamente de que tinha ouvido ou lido as palavras e a prédica proferidas pelo próprio Senhor Cristo. Quão maravilhosamente bem-aventurado deveria ser chamado o homem que teve essa ventura! É exatamente isso que aconteceria, se não tivéssemos nada disso por escrito, embora tivesse sido escrito muita coisa por outros. Todos diriam: sim, eu ouço o que S. Paulo e outros de seus apóstolos ensinaram, mas gostaria muito mais de ouvir o que ele mesmo disse e pregou.
Se, pois, Calvino é muitas vezes considerado, não sem razão, embora de maneira demasiadamente simplista às vezes, como um teólogo que estimulou o desenvolvimento do liberalismo econômico, deve-se a bem da verdade dizer que ele é, também, indiscutivelmente, o ancestral do Cristianismo social. Não cessou de insurgir-se contra as injustiças de uma liberdade econômica sem compensação social e esforçou-se por corrigir-lhe os efeitos nocivos. A intervenção legislativa do Estado no domínio econômico é, por conseguinte, um princípio conforme à ética social que foi adotada desde o início da Reforma, diante de um capitalismo em via rápida de emancipação de toda coerção moralmente fundada.
Está exposto no Museu de Zuínglio um exemplar do Rudimenta Hebraica de Reuchlin do ano 1506. Este era o livro de instrução onde, no início do século 16, normalmente se aprendia e se estudava o hebraico. Foi assim também com Zuínglio. Na primeira e na segunda página ele indicou que o referido exemplar era seu com as palavras: εἰμὶ τοῦ zyγγλίου (sou de Zuínglio). Desta forma com letras latinas abaixo das gregas, escreveu ele seu nome conhecido nos anos de 1517 a 1519. Naquela época ele também havia gostado de ter adquirido o livro. Há nas margens anotações com tinta vermelha e preta, das mãos um pouco mais velhas de Zuínglio.
Meus caros amigos, vocês têm ouvido freqüentemente de que nunca houve um sermão público vindo diretamente do céu, com exceção de duas oportunidades. À parte deles, Deus falou muitas vezes com os homens na Terra, como no caso dos santos patriarcas Adão, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, e outros, até chegar a Moisés. Mas em nenhum desses casos ele falou com tal esplendor, visivelmente realidade, ou clamor e exclamação populares, como Ele fez naquelas duas ocasiões. Deus iluminava os seus corações e falava através das suas bocas, como Lucas indica no primeiro capítulo do seu evangelho onde diz, “assim como desde os tempos antigos tem anunciado pela boca dos seus santos profetas” (Lucas 1:70).
A Igreja de Deus estabelecida transitóriamente em Roma à Igreja de Deus estabelecida transitóriamente em Corinto, aos eleitos santificados na vontade de Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo: que a graça e a paz vos sejam dadas em plenitude da parte de Deus todo-poderoso, por Jesus Cristo.
Quando o tema é sucessão apostólica, embora muitos católicos afirmem rapidamente que o primado de Pedro garante a sucessão papal romana, é interessante observar o que dizem algumas fontes católicas sobre o tema.
No cristianismo primitivo, o bispo de Alexandria teria sido incumbido de enviar cartas às igrejas cristãs por ocasião da Páscoa. Atanásio portanto é o autor destas primeiras cartas que disponibilizamos aqui.
Segue-se a ressurreição dentre os mortos, sem a qual estaria incompleto o que temos dito até aqui. Ora, uma vez que na cruz, morte e sepultamento de Cristo nada revelam senão fraqueza, todas essas coisas têm de ser ultrapassadas pela fé para que ela se revista de pleno vigor. E assim, embora tenhamos em sua morte a firme consumação de nossa salvação, visto que, por meio dela, não só fomos reconciliados com Deus, mas também ele fez satisfação ao justo juízo, e removida foi a maldição e totalmente paga a pena, somos, no entanto, declarados regenerados para uma viva esperança, não mediante sua morte, mas por meio de sua ressurreição [1 Pe 1:3]; porque, como ele, ao ressurgir, se enalteceu como vencedor da morte, assim a vitória de nossa fé afinal se assenta em sua própria ressurreição.
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