• Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.

    Mateus 5:44,45

  • Disse-lhes ele: Por causa da vossa pouca fé; pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível

    .

    Mateus 17:20

  • Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai após a perdida até que a encontre?

    Lucas 15:4

  • Então ele te dará chuva para a tua semente, com que semeares a terra, e trigo como produto da terra, o qual será pingue e abundante. Naquele dia o teu gado pastará em largos pastos.

    Isaías 30:23

  • As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem;

    João 10:27

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Verso do dia

A Relevância dos Milagres de Cristo para Cristologia do Novo Testamento

Escrito por  Marcelo Berti
Jesus curando um enfermo

Milagre é o ato especial de Deus que interrompe o curso natural dos eventos”

Norman Geisler, Enciclopédia de Apologética. Pp.555

O termo milagre, segundo ordinária definição, designa um acontecimento que contradiz as leis da natureza. Esta definição e as inúmeras histórias de milagre não verificadas em todas as religiões tornaram o termo enganador e perigoso para o uso teológico”

Paul Tillich, Teologia Sistemática. Pp.102

Faço uso da palavra milagre para indicar uma intervenção na natureza mediante poder sobrenatural. A não ser que exista, em adição à natureza, algo mais que possamos chamar de sobrenatural, não pode haver milagres”

C.S. Lewis, Milagres. Pp.6

Milagre é um gênero menos comum da atividade divina, pela qual Deus desperta a admiração e o espanto das pessoas, dando testemunho de si mesmo”

Wayne Gruden, Teologia Sistemática. Pp.286

No que se referem ao cristianismo histórico, os milagres operados por Cristo são componentes importantes de sua crença, ainda que nos ambientes mais acadêmicos essa crença tenha sido rejeitada. Há, entre os acadêmicos quem creia que os milagres operados por Cristo nada testemunhem a seu respeito. Por exemplo, Kümmel, quando fala em ações sobrenaturais de Cristo nos evangelhos observa que, ora os relatos miraculosos nada falam sobre Cristo ou seu ensino, ora deixam evidências de sua pessoa e doutrina1. Isso o leva a concluir que os relatos narrados sobre Cristo são divergentes em caráter.

Entretanto, esse não é o parecer mais comum sobre eles. Até mesmo Bultmann, aquele que rejeita ‘mitologia’ do Novo Testamento, confere significado aos atos miraculosos de Jesus quando estuda o quarto evangelho. Para ele os milagres de Cristo revelam sua glória (Jo.2.11), as obras de Deus (Jo.9.3) e sua autenticação como Filho de Deus (11.4). Muito embora ele os considere como figura ou símbolo, Bultmann diz que os milagres “revelam a glória de Jesus, não como a do milagreiro, e sim a daquele através do qual são concedidas a graça e a verdade2”.

Mas, o que podemos dizer sobre papel dos milagres de Cristo no entendimento da Cristologia do Novo Testamento? Se tomarmos por base que os milagres atestam Sua divindade, temos que elevar ao mesmo patamar os apóstolos após ele, por que também são registrados milagres operados por Deus mediados por eles. Por outro lado, não podemos descartar essa possibilidade, visto que em alguns dos registros que temos testemunha exatamente esse fato. Por isso, vamos observar as palavras que descrevem os atos milagrosos de Cristo, qualificá-los e então apontarmos sua contribuição.

A. Termos Neo-Testamentários para “Milagre”

São basicamente três os termos usados para descrever ações sobrenaturais no Novo Testamento:

  1. Téras: O uso neo-testamentário segue a LXX, onde é usado como um sinal divino que admoesta ou encoraja (Ex.7.3; Dt.4.34). Poderia ser traduzido como milagre. No NT o termo é normalmente traduzido como “prodígio” e não é exclusivo à uma ação sobrenatural operada pelo próprio Deus. Esse termo também descreve a ação de falsos profetas que também realizariam obras miraculosas (Mt.24.24; Mc.13.22) e á própria obra de Satanás (2Ts.2.9). Entretanto, o uso mais normal do termo descreve uma ação realizada por Deus por meio de alguém (At.2.22; 4.30 – Cristo; 5.12; 6.8 – Apóstolos) que causa o maravilhamento dos expectadores. Eventualmente expressa uma confirmação da pessoa por meio de quem o milagre é realizado (At.14.3; 15.12; 2Co.12.12). É somente usada no plural no NT e normalmente acompanhada da palavra grega para sinais (gr. semeion).

  2. Semeion: Na LXX o termo semeion é usado para descrever todo acontecimento que aponta para Deus e sua disposição de auxiliar (Ex.7.3; 10.2; Nm.14.11; Dt.6.22; Sl.86.17). Eventualmente descrevem uma ação de autenticação profética da parte do Deus Todo-Poderoso (Ex.4.8-9; Sl.74.9; Is.8.18). No NT o termo descreve um milagre de origem divina, executado por Deus mesmo (At.2.19), por Cristo (Jo.2.11) ou por um homem de Deus (At.2.43). É um sinal que normalmente aponta para Deus ou ao Seu Filho. É o termos empregado por João para descrever as ações sobrenaturais do Filho de Deus como comprovação de sua Divindade.

  3. Dunamis: Esse termo é de uso bem variado. Na LXX encontramos o termo com os seguintes significados: habilidade, capacidade (Dt.8.17), força (Dt.6.5), realização (Gn.21.22), ato poderoso (Dt.3.24). De outro modo, também pode significar uma hoste, grupo de pessoas, exército (Ex.7.4; Nm1.3, 24). Esse mesmo termo é usado para descrever os milagres operados por Cristo nos sinóticos. É bem provável que o sentido esteja associado ao poder derivado do termo (Mt.24.30; 5.30; Mc.12.24) e autoridade dele decorrente (Lc.4.36). O exercício de poder de Cristo maravilhava as pessoas (Mt.13.54; Mc.6.2, 14; Lc.6.16) mas não era um modo de convencer as pessoas (Mt.13.58), pois, assim como seu ensino, suas ações estavam sujeitas ao entendimento das pessoas que, mesmo que testemunhassem o poder de Deus, não o entendiam como da parte de Deus (Mt.11.20-24).

Ao observarmos essas colocações podemos concordar com Goppelt quando diz: “Assim, os milagres são compreendidos como exteriorizações do poder de Deus, que provoca salvação na história e que conduz a salvação3”. Considerada a questão etimológica, passo a classificar os Milagres de Cristo.

B. Como podem ser Classificados os Milagres de Cristo?

Os evangelhos registram 35 milagres feitos por Jesus. Mateus menciona 20 deles; Marcos 18; Lucas 20; e João 7. Estes não são, todavia, todos os milagres do Senhor”

Charles Ryrie, Bíblia Anotada. Pp.1663

São muitos os milagres de Jesus registrados nos evangelhos, eles podem ser observados sob focos distintos quando apresentados por autores distintos. Ao que parece, os milagres relatados no quarto evangelho, até pela terminologia que são apresentados, sugerem que os milagres são “sinais” que apontam para a Pessoa de Cristo e sua Relação com Deus. Por outro lado, nos sinóticos parece que os milagres são narrados em conformidade com um propósito particular em cada ocasião. Por isso, de modo sucinto, classifico aqui os milagres de Cristo entre os que são apresentados por João e aqueles que são apresentados nos evangelhos sinóticos4.

1. Milagres no Quarto Evangelho

O uso quase exclusivo de “semeion” por João ao apresentar os milagres de Cristo evidencia que seu propósito está além do que relatar um caso miraculoso. Ele certamente o faz em caráter teológico, apologético e evangelístico: “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo.20.31).

Valor Teológico dos Milagres

No que se refere a teologia, João assegura que os milagres registrados atestam que Jesus é o Filho de Deus: “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo.20.31).

A designação Filho de Deus, ao contrário do que os arianos modernos (TJ) afirmam atestam a divindade de Cristo: “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo.3.18). O uso da expressão unigênito Filho de Deus (gr. tou monogenous uiou tou theou) é uma das formas pelas quais João apresenta Cristo como divino5, e essa definição é uma exigência para salvação. Ou seja, ainda que as opiniões sobre Cristo fossem divergentes já nessa ocasião, é certo para João que Jesus é Deus. Aliás, a linguagem de João aqui parece trazer a tona uma referência ao gnosticismo incipiente e sua desconexão da pessoa de Cristo Deus Pai (1Tm.1.4).

A designação de Filho assumida por Cristo expressa uma relação familiar com o Deus Pai. Tal ênfase é explicitamente majoritária em João, pois enquanto os sinóticos atestam esse fato em aproximadamente 24 ocasiões, em João encontramos cento e seis vezes. Esse fato é visto desde o prólogo do evangelho: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo.1.14). João Batista também atesta o mesmo fato: “Pois eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus” (Jo.1.34).

Uma situação que pode testificar a Pessoa de Cristo como Filho de Deus é encontrada no encontro de Natanael com Cristo (Jo.1.44-51). No exercício de sua onisciência, Jesus demonstra que o que Felipe disse a Seu respeito é verdadeiro, e Natanael afirma: “Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” (Jo.1.49). Ao ouvir isso, Jesus garante que Natanael veria sinais mais evidentes de que Ele o é (Jo.1.50). A cena que segue a esse diálogo nos conta seu primeiro milagre (sinal; gr. semeion), com o qual Ele manifestou sua Glória (Jo.2.11).

Ao ter conhecimento dos atos de Cristo, o próprio Nicodemos atesta: “Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele” (Jo.3.2). Esse reconhecimento é fundamental para compreender alguns dos milagres de Cristo narrados em João, como por exemplo a cura do filho do oficial do Rei (Jo.4.46-54). Nessa ocasião, apenas o declara a cura do filho do oficial à distância foi suficiente para que ele fosse curado. O fato de que o texto narra a expressão de pontualidade da cura (v.53) demonstra que Aquele que realizara o Milagre é Filho de Deus. E esse teria sido apenas o seu segundo milagre (sinal; gr. semeion) narrado no evangelho.

Valor Apologético dos Milagres

No que se refere a apologética, João também atesta a Messianidade de Jesus quando o chama de Cristo (ungido, messias): “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo.20.31).

Alias, essa ênfase é muito forte na literatura joanina: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho” (1Jo.2.22). A preocupação com a apresentação da Messianidade de Cristo também é vista na reação das pessoas que estavam próximas a Ele. O convite de Felipe a Natanael deixa isso transparecer, quando diz: “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José” (Jo.1.45). A resposta de Natanael também testifica isso: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” (v.49).

Um ato milagroso de Jesus que testifica sua Messianidade é a ressurreição de Lázaro, narrado no capítulo onze do Evangelho de João. Após anunciar a morte de Lázaro (v.11-14), Jesus diz-se alegre de não estar lá na ocasião, pois assim seus discípulos poderiam crer, pois com Lázaro eles se encontrariam (v.15). Ao chegar na casa de Marta e Maria, uma multidão já havia chegado para consolar a família de Lázaro, pois ele já estava morto a quatro dias. Marta, chega a expressar seu lamento pela ausência de Jesus na ocasião, mas reconhece que se Ele pedir ao Pai, seu pedido seria atendido (v.21, 22). Ao ouvir isso, Jesus garante: “Teu irmão há de ressurgir” (v.23). Ainda que Marta não tenha entendido exatamente quando isso aconteceria (v.24), Jesus garante que Ele é a ressurreição e a vida, e que aquele que Nele deposita sua fé, ainda que morra viverá (v.25) e que se estiver vivo não morrerá (v.26). Ao ouvir isso, Marta afirma: “Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo” (v.27). Quando o milagre ia ser realizado Jesus pronuncia-se ao Pai para que aqueles que o ouvem pudessem crer que Ele é o envidado da parte de Deus (v.42) e isso mesmo acontece com muitos deles (v.45) depois que testemunham o milagre.

Valor Evangelístico dos Milagres

A relação entre a fé e vida eterna é claramente exposta na teologia Joanina. No terceiro capítulo encontramos: “para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (v.15); “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (v.16); “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (v.36; cf. Jo.5.24; 6.35, 40, 47; 11.25). Essa característica também é bem encontrada na literatura joanina: “Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus” (1Jo.5.13).

É fundamental ressaltar que tal conceito também é testemunhado pelos milagres (sinais; gr. semeion) realizados por Cristo e registrados por João: “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo.20.31).

As ações milagrosas de Cristo têm por motivo apresentar sua Real Pessoa para Seus expectadores; para que compreendam sua Divindade e Messianidade e para que possam depositar sua fé Nele. E isso é visto em vários dos seus milagres: “Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galiléia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele” (Jo.2.11); “Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome” (Jo.2.23) “Com isto, reconheceu o pai ser aquela precisamente a hora em que Jesus lhe dissera: Teu filho vive; e creu ele e toda a sua casa” (4.53); “Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou” (9.38). “Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo visitar Maria, vendo o que fizera Jesus, creram nele” (11.45)

Entretanto, assim como seus ensinos seus atos milagrosos estavam sujeitos a avaliação e rejeição. Já no início do seu ministério a incredulidade já estava anunciada: “Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome, mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos” (Jo.2.23-24). Em outras ocasiões, o milagre promoveu completa rejeição. No caso da cura da aleijado do tanque de Betesda, por realizar no sábado o milagre, os fariseus passaram a perseguí-lo (Jo.5.16). Tal rejeição torna-se discussão e Jesus deixa clara a opinião dos fariseus a Seu respeito: “Porque, se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu a meu respeito. Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” (Jo.5.46-47). No caso da cura do cego de nascença a incredulidade é clarividente, pois pesquisam para saber se aquele que se dizia cego o era de fato: “Não acreditaram [criam] os judeus que ele fora cego e que agora via, enquanto não lhe chamaram os pais” (Jo.9.18). Outro exemplo interessante desse fato é visto entre os judeus descrentes: “E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não creram nele” (Jo.12.37). A interpretação que João tem desses fatos é que eles são cumprimento profético: “para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda: Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados” (Jo.12.38-40).

Assim, ainda que os milagres tivessem claro papel evangelístico, também funcionaram como problema para a compreensão sobre a verdadeira pessoa de Cristo. Aliás, esse é um dos muito motivos pelos quais a pessoa de Cristo continua sob suspeita.

Lista de Milagres no Evangelho de João

Milagres em João

Aspectos Envolvidos

SINAIS

Água em Vinho (2.1-11)

Cura do filho de um Oficial (4.46-54)

Cura do Paralítico no Tanque de Betesda (5.1-9)

Multiplicação dos Pães (6.5-13)

Caminhar sobre as águas (6.16-21)

Cura de um cego de nascença (9.1-7)

Ressurreição de Lázaro (11.17-44)

Restauração da orelha de Malco (18.10)

Segunda pesca maravilhosa (21.1-11)

PRINCIPAIS PALAVRAS ENVOLVIDAS

Semeion – Sinais, sinais miraculosos;

Faneróö – Manifestar;

Pisteö – Ter fé; crer; acreditar;

 

REAÇÕES ANTERIORES

Rogar (4.49)

Dúvida (5.7; 9.2)

Temor (6.19)

Fé (11.22; 27)

Desconfiança (11.37)

 

REAÇÕES POSTERIORES POSITIVAS

Crer Nele (2.11; 4.50; 9.38; 11.45)

Reconhecimento da Messianidade (6.14-15; 9.38)

Reconhecimento de Divindade (9.38)

 

REAÇÕES POSTERIORES NEGATIVAS

Perseguição (5.16)

Procuravam matá-lo (5.18; 11.53)

Dúvida (9.8-9)

Inquisição (9.13-34)

Incredulidade (9.18)

Rejeição (9.24)

Fofoca (11.46)

Medo (11.48)

2. Milagres nos Evangelhos Sinóticos

Nos sinóticos, ainda que ênfases parecidas com a do quarto evangelho possam ser levantadas, é bem possível que o foco recaia sobre outros aspectos. O modo como são narrados os milagres nos sinóticos também apontam para um foco distinto em cada ocasião: ora os milagres são apenas mencionados genericamente sem descrição de detalhes (Mt.4.24; 8.16; 12.15; 14.14; 15.30; 21.14; Mc.1.34; 6.5; Lc.7.21; 9.42; 14.4; 22.51) , ora são completos e cheios de informação (Mt.9.32-39; Mc.2.3-12; 5.18-26). O que se pode concluir disto é que os autores arranjam os milagres para apresentação de propósitos específicos sem fazer demérito de uma ação em relação a outras, mas para fortalecer o que se pretende enfatizar.

Diante da grande diversidade de milagres operados por Cristo e narrados nos evangelhos sinóticos, faço aqui uma observação da linguagem de como se apresentam (de modo geral) os milagres de Cristo. O primeiro termo que destaco é dunamis6, que eventualmente é traduzido como poder miraculoso (Mt.13.54; cf. 14.2). A idéia do termo é de algo que tem poder ou que o apresenta poderosamente, e comumente é relacionada com as atividades de Cristo. Essa demonstração de poder causa nas pessoas (não em todos os casos nem em todas as pessoas) um maravilhamento, admiração (gr. Exístemi/Thaubémai/Thaumázo/Ekpléssomai) pelo que tinham visto (Mt.8.27; 9.33; Mc.1.27; 5.42; Lc.4.36; 5.9). O termo mais usado para demonstrar essa admiração é thaumázo, que pode ser entendido como ser extraordinariamente impressionado ou perturbado por algo. Em alguns casos esse maravilhamento é seguido por um ato de glorificar a Deus (Mt.9.8; 15.31; Mc.2.12; Lc.5.25-26; 7.16). O ato de glorificar a Deus podia ser feito pela multidão que assistia o milagre ou pelo que recebera o milagre, mas de qualquer forma, era um modo de reconhecer a origem do ato milagroso que acontecera.

Entretanto, outro elemento decorrente do maravilhamento das multidões, e fundamental para a compreensão de Cristo nos sinóticos, é o Poder-Autoridade que é confirmado por meio de atos milagrosos. O termo grego que traduz essa idéia é exousia. Esse termo pode ser usado para descrever cargos de autoridade, o poder da pessoa que exerce tal cargo e a autoridade decorrida desse poder. Essa é uma marca muito interessante nos evangelhos sinóticos, pois não é incomum encontrarmos esse conceito. Quando os evangelistas registram o apreço das multidões pelo ensino de Cristo esse reconhecimento está invariavelmente presente (Mt.7.29; Mc.1.22; Lc.4.32). O mesmo reconhecimento é visto em relação aos atos milagrosos de Cristo.

Mateus quando narra a história da cura de um paralítico (Mt.9.1-8) afirma que Jesus o tendo visto teria dito: “Tende bom ânimo filho; estão perdoados os seus pecados” (v.2). Mas isso teria incitado nos fariseus um sentimento de rejeição sobre o que Cristo teria dito; na mentalidade deles isso era apenas possível de ser realizado por Deus, por isso o acusavam de blasfêmia. Sabendo disso, Jesus resolve evidenciar seu Poder-Autoridade (gr. exousia) ao curá-lo: “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados -- disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa” (v.6). O resultado obtido nessa ocasião foi: “Vendo isto, as multidões, possuídas de temor, glorificaram a Deus, que dera tal autoridade aos homens” (v.8).

Nessa caso7 vemos quase todos os elementos encontrados nas narrativas dos sinóticos: O evento milagroso, o maravilhamento, a Glória dada a Deus e o reconhecimento do Poder-Autoridade que Cristo tinha. É bem verdade que alguns dos aspectos desse quadro eventualmente é faltoso em outros registros, muito embora, o reconhecimento ou a pergunta pelo reconhecimento do Poder-Autoridade de Cristo estivessem aparentes em quase todo ministério de Cristo: Os fariseus demonstram sua preocupação com a fonte do Poder-Autoridade de Cristo (Mt.21.23; Mc.11.28; Lc.20.2); as multidões ficavam, ora maravilhadas (Mt.9.8) ora temerosos ou com dúvidas (Mc.1.27; Lc.4.36). Mas, Cristo, sempre estava consciente de Sua Missão, Identidade e Seu Poder-Autoridade (Mt.28.19), e essa mesma missão delega a Seus discípulos, enquanto estava com eles (Mt.10.1; Mc.6.7; Lc.9.1). Após sua ressurreição além de delegar a Seus representantes que fizessem o mesmo Ele assegura que estará com Eles até o fim dos tempos (Mt.28.20).

Após essa breve introdução ao estudo dos milagres de Cristo nos sinóticos, passo abaixo a destacar duas categorias e duas características dos milagres narrados nos evangelhos sinóticos.

Poder-Autoridade sobre o Natural

Quando falo sobre o poder que Cristo tem sobre o que é natural tenho duas perspectivas distintas em mente: o poder que Ele tem sobre o homem (saúde, vida) e sobre a natureza (funcionamento).

  • Sobre o Homem8: Uma das grandes marcas do ministério milagroso de Cristo está focado nos sinóticos em sua capacidade de ter domínio, controle, autoridade, poder sobre a saúde do homem. A grande maioria dos milagres nos sinóticos refere-se a esse tema. No caso da cura de um leproso (Mt.8.1-4; Mc.1.40-45; Lc. 5.12-16) podemos notar na narração dos três evangelistas que mesmo o leproso tinha convicção do Poder-Autoridade que Cristo tem sobre a doença, pois na aproximação que faz Cristo ele transparece confiança no poder, mas sua questão põe-se sobre a vontade do Senhor, ante quem está prostrado. Sobre esse tema é interessante notar que Cristo também é apresentado como Aquele que pode tornar à vida aquele que já estava morto. Dois casos são registrados nos sinóticos: A ressurreição da filha de Jairo (Mc.5.22-24; 35-43; Lc.8.41-42; 49-56) e a ressurreição do filho de uma viúva (Lc.7.11-15). No caso da filha de Jairo, é bem interessante que Jairo aproxima-se de Cristo como se aproximaria de alguém que tem autoridade: “vendo-o, prostrou-se a seus pés” (Mc.5.22; Lc.8.41). No ato de prostrar-se perante alguém é um modo de reconhecimento de Autoridade ou Divindade. Seria um pouco precipitado dizer que Jairo tinha a perspectiva da divindade de Cristo, mas sua ação nos deixa pensar nessa possibilidade. Seja como for, o desenrolar da história é bem provável que a fé de Jairo estivesse abalada, pois Jesus mesmo sugere: “Não temas, crê somente” (Mc.5.36; Lc.8.50). Não é muito claro que tipo de fé Jesus exige de Jairo nessa ocasião, mas é certo que toda a confiança dele repousava sobre o Poder-Autoridade que Cristo tinha para realizar algo que está contrário ao curso da natureza: dar vida ao morto. Tal pedido parece uma antítese para as pessoas que estavam na casa de Jairo, pois já não podiam acreditar no que Cristo dizia (Mc.5.40; Lc.8.53), quanto mais no que poderia fazer. Com a cura da menina, o maravilhamento toma conta dos pais que são convidados por Cristo para manter o relato entre eles. Se tomarmos a história como um todo, podemos dizer que a fé de Jairo repousou em Cristo e com a confirmação do milagre tal fé fora confirmada. Considerados esses pontos, podemos dizer com certeza que a relação de Cristo com a operação de milagres sobre as doenças tem por propósito evidenciar Seu Poder-Autoridade da parte de Deus como ratificação de Sua pessoa (Messias, Deus).

  • Sobre a Natureza: Nos casos em que Cristo manifesta Seu Poder-Autoridade sobre a natureza certamente nos falam sobre Sua Pessoa. No caso da tempestade acalmada (Mt.8.23-27; Mc.4.35-41; Lc.8.22-25) vemos que a pergunta dos discípulos era exatamente sobre Sua Pessoa: “Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Mt.8.27; Mc.4.41; Lc.8.25). Embora nenhuma conclusão dos seus discípulos seja dada, a pergunta pode ser entendida como retórica, pois ficou evidente que entre os homens, ninguém teria tal poder. Entretanto, quando Cristo anda sobre as águas, segundo o relato de Mateus, fica evidente que os Seus discípulos o reconheceram como Deus: “Verdadeiramente és Filho de Deus!” (Mt.14.33).

Poder-Autoridade sobre Sobrenatural

A relação de Cristo com o sobrenatural tem algumas características interessantes, especialmente no evangelho de Marcos. Segundo a narrativa das memórias petrinas, vemos que os reconhecimentos mais claros sobre a Pessoa de Cristo são oferecidos por demônios. No primeiro caso registrado no evangelho, lemos: “Não tardou que aparecesse na sinagoga um homem possesso de espírito imundo, o qual bradou: Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus!” (Mc.1.23-24). Situação similar é encontrada no caso dos demônios gadarenos: “Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes!” (Mc.5.7). É bem interessante que esse reconhecimento demorou a acontecer com os discípulos, a despeito de tudo o que testemunhavam.

É bem verdade que o Poder-Autoridade de Cristo não pode necessariamente apontar para sua Divindade, muito embora os demônios em Marcos assim o tenham feito, por que tal Poder-Autoridade da parte Cristo cedido aos discípulos resultou no mesmo efeito, exceto por uma vez (Mt.17.21; Mc.9.29). Entretanto, não podemos deixar de perguntar por essa possibilidade reconhecida pelos demônios. É bem verdade que a característica fundamental do Diabo e seus seguidores é a mentira e que no caso, nortear uma convicção sobre uma mensagem demoníaca seria um pouco frágil. Contudo, o contexto onde estão inseridas essas passagens demonstram um terrível pavor dos demônios na presença de Jesus e sua súplica para não serem atormentados por Sua Pessoa, nos leva a considerar que o Poder-Autoridade de Cristo no mundo sobrenatural é tão grande que nem mesmo as legiões podem com Ele. A própria submissão dos demônios à ordem de Cristo testificam Seu Poder-Autoridade.

Um dos aspectos que também é interessante é o tempo que Cristo investe nesses encontros. Salvo o caso dos demônios gadarenos, Cristo com apenas uma ordem simples resolve problemas que os tele-evangelistas gastariam dias: “Cala-te e sai desse homem” (Mc.1.25; Lc.4.35). E o resultado na vida do endemoninhado é impressionante: “O demônio, depois de o ter lançado por terra no meio de todos, saiu dele sem lhe fazer mal” (Lc.4.35). Contudo, o foco parece ser centrado na mensagem que isso transmite às pessoas que o assistem. Ao testemunharem a ação de Cristo, eles ficam grandemente admirados, e se pergunta,: “Que palavra é esta, pois, com autoridade e poder, ordena aos espíritos imundos, e eles saem?” (Lc.4.36). Assim, o que se pode dizer é que, quando Cristo manifesta seu Poder-Autoridade sobre o sobrenatural Ele testifica sua pessoa como Deus e Senhor sobre tudo.

Milagres e Incredulidade

Outro aspecto que é digno de rápida apresentação é que à semelhança do quarto evangelho, os milagres também exerceram grande papel na rejeição da Pessoa de Cristo. Muito embora existia o forte elemento evangelístico nos atos milagrosos operados por Cristo, nos sinóticos eles também foram mal interpretados: “Passou, então, Jesus a increpar as cidades nas quais ele operara numerosos milagres, pelo fato de não se terem arrependido: Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza. E, contudo, vos digo: no Dia do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras. Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje. Digo-vos, porém, que menos rigor haverá, no Dia do Juízo, para com a terra de Sodoma do que para contigo” (Mt.11.20-24; cf. Lc.10.13-16).

Milagres e confirmação Messiânica

É ainda válido demonstrar que os milagres de Cristo tem grande valor apologético, pois quando perguntado sobre quem Ele era, pelos discípulos de João, Jesus aludiu à profecias messiânicas: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho” (Mt.11.4-5; cf. Is.35.5; 61.1-2).

Lista de Milagres no Evangelho de Mateus

Milagres em Mateus

Aspectos Envolvidos

PODER-AUTORIDADE SOBRE O NATURAL

Homem

Cura de um Leproso (Mt.8.1-4)

Cura do Criado de um Centurião (Mt.8.5-13)

Cura da Sogra de Pedro (Mt.8.14-17)

Curou um paralítico (Mt.9.1-8)

Cura de uma mulher com hemorragia (Mt.9.20-22)

Cura da filha do Chefe (Jairo) (Mt.9.23-26)

Cura dos Cegos (Mt.9.27-31)

Cura do homem de mão ressequida (Mt.12.10-13)

Cura do filho lunático (Mt.17.14-18)

Cura de dois cegos (Mt.20.29-34)

 

Natureza

Acalmou a Tempestade (Mt.8.23-27)

Multiplicação dos pães (Mt.14.14-21)

Andou sobre o mar (Mt.14.22-32)

Multiplicação dos Pães (Mt.15.32-39)

Dinheiro do Imposto (Mt.17.24-27)

Maldição da Figueira (Mt.21.18-22)

 

PODER-AUTORIDADE SOBRE O SOBRENATURAL

Expulsou demônios (Mt.8.28-34)

Libertação de um Endemoninhado (Mt.9.32-33)

Libertação da Filha da Cananéia (Mt.15.21-28)

 

PRINCIPAIS PALAVRAS ENVOLVIDAS

Exousia – Poder-autoridade

Dunamis – Poder, Milagre

Thaumázo/Exístemi – Admiração; Maravilhamento.

 

REAÇÕES ANTERIORES

Adoração (Mt.8.1; 9.18)

Implorar (Mt.8.5; 9.27; 15.22-27)

Medo (Mt.8.24)

Riam-se dele (Mt.9.24)

Reconhecimento da Messianidade (Mt.9.27; 15.22; 20.30)

Reconhecimento da Divindade (Mt.8.1; 9.18; 15.22, 25; 20.30)

 

REAÇÕES POSTERIORES POSITIVAS

Maravilharam-se (Mt.8.27; 15.31; 21.15)

Temor (Mt.9.8)

Glorificaram a Deus (Mt.9.8; 15.31)

Fama espalhada (Mt.9.26; 31)

Admiração (Mt.9.33, 12.23; 21.20)

Adoração (Mt.14.22)

Reconhecimento da Divindade (Mt.14.22)

 

REAÇÕES POSTERIORES NEGATIVAS

Expulsão da Cidade (Mt.8.34)

Acusado de Blasfêmia (Mt.9.3)

Murmuração (Mt.9.34; 12.24)

Conspiraram contra ele (Mt.12.14)

Indignação (Mt.21.16)

Lista de Milagres no Evangelho de Marcos

Milagres em Marcos

Aspectos Envolvidos

PODER-AUTORIDADE SOBRE O NATURAL

Homem

Cura da Sogra de Pedro (1.29-31)

Cura de um Leproso (1.40-45)

Cura de um paralítico (2.3-12)

Cura de um homem de mão ressequida (3.1-5)

Cura da mulher com hemorragia (5.25-34)

Ressurreição da Filha de Jairo (5.22-24; 35-43)

Cura da mulher siro-fenícia (7.24.30)

Cura do surdo-gago (7.31-37)

Cura de um cego (8.22-26)

Cura do cego Bartimeu (Mc.10.46-52)

 

Natureza

Acalmou a tempestade (Mc.4.35-41)

Multiplicação dos Pães (6.34-44)

Caminhou sobre as Águas (6.45-52)

Multiplicação dos Pães (8.1-9)

Figueira Amaldiçoada (11.12-14)

 

 

PODER-AUTORIDADE SOBRE O SOBRENATURAL

Libertação de um endemoninhado na Sinagoga (1.23-28)

Libertação dos demônios gadarenos (5.1-20)

Libertação de um endemoninhado (9.14-29)

 

PRINCIPAIS PALAVRAS ENVOLVIDAS

Exousia – Poder-autoridade

Dunamis – Poder, Milagre

Exístemi/Thaubémai/Thaumázo/Ekpléssomai – Admiração Maravilhamento

 

REAÇÕES ANTERIORES

Reconhecimento da Divindade (1.24; 5.7)

Reconhecimento da Messianidade (10.47, 48)

Rogar/Suplicar (1.40; 5.23; 7.26; 8.22)

Adoração (1.40; 5.6, 22; 7.25)

Fé (2.5; 5.23, 28, 36; 9.24)

Emboscada (3.2)

Medo (4.38; 6.49, 50)

Riam-se (5.40)

Incredulidade (6.37; 8.4; 9.22)

 

REAÇÕES POSTERIORES POSITIVAS

Admiração (1.27; 2.12; 5.20; 5.42; 6.51; 7.37)

Reconhecimento da Autoridade (1.27)

Fama espalhada (1.28; 1.45; 5.20; 7.36)

Passou a servi-los (1.31)

Glória a Deus (2.12)

Temor (4.41; 5.15, 33)

Adoração (5.33)

 

REAÇÕES POSTERIORES NEGATIVAS

Acusação de Blasfêmia (2.6-7)

Conspiração de Assassinato (3.5)

Expulso de Cafarnaum (5.17)

Lista de Milagres no Evangelho de Lucas

Milagres em Lucas

Aspectos Envolvidos

PODER-AUTORIDADE SOBRE O NATURAL

Homem

Cura da Sogra de Pedro (4.38-39)

Cura de um leproso (5.12-16)

Cura de um paralítico (5.18-26)

Cura do homem de mão ressequida (6.6-10)

Cura do servo do Centurião (7.1-10)

Ressurreição do filho da viúva (7.11-15)

Cura da mulher com fluxo de Sangue (8.43-48)

Ressurreição da filha de Lázaro (8.41-42; 49-56)

Cura de uma paralítica (13.10-17)

Cura de homem hidrópico (14.1-6)

Cura de 10 leprosos (17.11-19)

Cura de um cego (18.35-43)

Restauração da Orelha de Malco (22.49-51)

 

Natureza

Primeira pesca maravilhosa (5.1-11)

Acalmou a Tempestade (8.22-25)

Multiplicação dos Pães (9.12-17)

 

PODER-AUTORIDADE SOBRE O SOBRENATURAL

Libertação de um endemoninhado na sinagoga (4.31-36)

Libertação dos demônios gadarenos (8.26-27)

Libertação de um endemoninhado (9.38-42)

Cura de um endemoninhado cego e mudo (11.14)

 

 

PRINCIPAIS PALAVRAS ENVOLVIDAS

Exousia – Poder-autoridade

Dunamis – Poder, Milagre

 

REAÇÕES ANTERIORES

Reconhecimento de Divindade (4.34; 7.6-7; 8.28)

Reconhecimento de Messianidade (18.38-39)

Adoração (5.12)

Certeza (5.12)

Fé (5.20; 8.48; 8.50; 17.19; 18.42)

Emboscada (6.7)

Medo (8.24)

Súplica (8.41; 9.38)

Risos (8.53)

 

REAÇÕES POSTERIORES POSITIVAS

Admiração 4.36; 5.9; 8.25; 9.43; 11.14)

Alegria (13.17)

Fama espalhada (4.37; 5.15; 7.17; 8.39)

Servir (4.39; 5.11)

Reconhecimento de Divindade (5.8)

Glória a Deus (5.25-26; 7.16; 13.13; 17.15; 18.43)

Temor (5.26; 7.16; 8.25; 8.35, 37; 8.47)

 

REAÇÕES POSTERIORES NEGATIVAS

Acusação de Blasfêmia (5.21)

Raiva (6.11; 13.14)

Expulsão da Cidade (8.37)

Incomodo (11.15; 13.14)

 

Notas

1. KÜMMEL, Werner Georg, Síntese Teológica no Novo Testamento. Pp.85.

2. BULTMANN, Rudolf, Teologia do Novo Testamento. Pp.475-6.

3. GOPPELT, Leonard, Teologia do Novo Testamento. Pp.168.

4. Essa classificação não é comumente apresentada quando tratada nesse assunto, entretanto, para fins didáticos, deixo minha impressão de como podem ser classificados.

. Em: http://marceloberti.wordpress.com/2008/04/28/o-uso-de-monogenes-em-referencia-a-cristo/

6. Esse termo é utilizado cerca de 37x nos sinóticos

7. O mesmo evento é narrado em Marcos (2.10) e Lucas (5.24)

8. Para uma visão mais geral sobre os milagres operados por Cristo nos Sinóticos ver a tabela abaixo com o registro de todos eles classificados.

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