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Você já deve ter ouvido umas mil vezes: “Não se preocupe, tudo vai dar certo!” Este é o eterno otimismo que nasce, não das provações da realidade, mas dos desejos da imaginação do sonho Americano, do faz-de-conta de Hollywood, ou da pura ingenuidade. Todos sabemos que não o é de todo verdade. Conhecemos casos de crianças que foram abatidas por um câncer ou por um motorista bêbado. Conhecemos casos de viciados em drogas que vieram de bons lares, de homens de família que perderam seus empregos, de soldados que retornaram do campo de batalha com um membro a menos. Estamos à par de incontáveis tragédias e sofrimentos desnecessários, mesmo assim repetimos para nossos filhos sem sequer pensar duas vezes: “Não se preocupe; tudo vai dar certo.”
Não devemos preocupar quando os incrédulos dizem que a promessa de galardão faz da vida cristã um negócio mercenário. Há tipos diversos de recompensas. Existe a recompensa que não tem nenhuma relação natural com os atos que se pratica para recebê-la, e é bem estranha aos desejos que necessariamente acompanham esses atos.
No meio da balbúrdia que assola a igreja evangélica no Brasil, tenho uma dúvida cruel: o que leva alguém a seguir um falso profeta e acreditar em tudo o que ele diz? Qual é a motivação que está por trás dessa conduta? Obviamente, há muitos fatores que influenciam uma pessoa a entrar num regime de obediência cega a um líder religioso, sem questionar o seu testemunho e a sua pregação.
Recentemente, a emissora Globo organizou um festival de música evangélica, intitulada de “Promessas”. Obviamente a emissora que amarga baixos índices de audiência está procurando se aproveitar do modismo gospel que está em alta, para retomar sua antiga glória.
Você já chegou a pensar alguma vez, quando ainda era criança, como seria divertido se os seus brinquedos pudessem cobrar vida? Bem, suponhamos que realmente lhe fosse possível trazê-los à vida e transformar um soldadinho de chumbo num homenzinho de verdade. Isso significaria transformar o chumbo em carne. Mas, e se o soldado de chumbo não gostasse disso, se não tivesse o menor interesse em ser carne? Tudo o que conseguiria ver seria que o seu chumbo se estava desfazendo: pensaria que você o estava matando e faria tudo o que pudesse para impedir o seu propósito. Se pudesse evitá-lo, não consentiria de forma alguma que o convertessem num homem.
Algo de semelhante se passa também entre Cristo e nós. Quanto mais nos libertamos de “nós mesmos” e deixamos que seja Ele quem nos dirija, tanto mais verdadeiramente nos tornamos nós mesmos. Cristo é tão imenso que milhões e milhões de “pequenos Cristos”, todos diferentes entre si, ainda são insuficientes para exprimi-lo por inteiro. Se foi Ele quem nos criou a todos! Inventou – tal como um escritor inventa as personagens de uma novela – cada um desses diversíssimos “homens novos” que você e eu estamos destinados a ser. Neste sentido, os nossos verdadeiros “eus” estão todos à nossa espera nEle. De nada nos adianta procurarmos ser “nós mesmos” sem Ele.
O presente capítulo do livro "Por que sou cristão", de John Stott fala de algo muito atual e que penso ser muito importante ser discutido em nossos dias: como a crença em Deus consegue complementar o nosso ser. Eu tentei pegar parte deste texto, mas simplesmente não poderia, já que todo ele é muito interessante.
Qual é então o problema? O de um universo que contém muitas coisas evidentemente más e aparentemente desprovidas de sentido, mas que contém igualmente criaturas como nós, que sabem que existem coisas más e absurdas. Ora, há apenas dois pontos de vista que levam em consideração todos os dados desse problema. Um deles é o cristão, segundo o qual este mundo é um mundo bom que se corrompeu em boa parte, mas que continua a manter viva a memória do que deveria ter sido. O outro é o do chamado dualismo, segundo o qual há dois poderes iguais e independentes por trás de todas as coisas, um bom e outro mau, e este universo é o campo de batalha em que travam um contra o outro uma guerra sem fim. Pessoalmente, penso que, depois do cristianismo, o dualismo é a ideologia mais nobre e sensata que se encontra à disposição no mercado. Mas padece de um defeito de fabricação.
A fé é o passo inigualável que, uma vez dado, é irreversível; não pode mais ser desfeito; é o passo com o qual o crente transpõe a linha da divisa existente entra a velha e a nova criatura, entre o mundo velho e o mundo novo. Fé é a plenitude do paradoxo humano: é vacuidade absoluta de conteúdo material e a plena locupletação de conteúdo divino; ela emudece o homem, proclama a sua ignorância e o reduz à expectativa, mas é também a voz de Deus, a revelação de sua sabedoria e sua obra eficaz; [resposta à ansiedade humana]. A fé é [o final das coisas materiais], o ponto final do caminho [da criatura neste mundo], mas é também [o início do que é divino] – o começo do caminho, a inflexão, a reviravolta, o retorno [que leva a "nova-criatura" a Deus].
O ser humano como tal, e portanto também a pessoa religiosa, é carnal, isto é, seu pensamento, sua vontade e suas obras pertencem ao mundo e não alcançam qualificação perante Deus ou, mais apropriadamente, são da mais alta impiedade e pecaminosidade; são características que afastam a criatura de Deus e a conduzem para a morte, tanto mais quanto maior for o seu sonho de se assemelhar a Deus.
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